quinta-feira, 11 de maio de 2023

ASSEMBLEIA NACIONAL

Assembleia Nacional é uma palavra de ordem levantada por todos os movimentos verdadeiramente revolucionários nas repúblicas. Segundo Marx, a superestrutura sempre está atrás com relação à estrutura, o que nos leva a pensar que é necessário de tempos em tempos criar condições para o debate sobre as leis e o sistema jurídico e político já que as normas de comércio, estruturais, como as regras aduaneitas, as correções monetárias precisam mudar e, ocorrendo o imperialismo das multinacionais com relação à produção nestes países atrasados, ocorre que também nestes, ficando economicamente desfavorecidos, existe a necessidade de rever e contrapor várias questões superestruturais para rearanjar a vida comum. Havendo a necessidade de se realizar uma revisão nas normas do país para tirá-lo do maior atraso e procurar equiparar as leis do bloco atrasado com o bloco adiantado, nada mais lógico que em todos os aspectos fundamentais a economia e as finanças perpassem internacionalmente, que se valham para todos os países, assim também, sendo a estrutura de todos os países são um somatório interconectado, então é necessário que o sistemas jurídicos e políticos nacionais de cada país alcancem formas mais populares.

A Assembleia Nacional não é, de maneira alguma, reformismo; por reformismo entendemos os partidos e grupos que imitam as movimentações das massas, chamando para lutar por coisas que os trabalhadores já sabem fazer sozinhos. Ao educar as massas, é preciso mostrar-lhe coisas que ainda não tenha visto, novidades. O reformismo não é apenas uma forma das direções absterem-se, deixando os trabalhadores de base à sua própria conta, mas também coage os movimentos progressistas que surgem das massas laboriosas. Quando carentes de direção, as massas não conseguem encontrar seu rumo, pois a atividade do reformismo é de repetir sempre o mesmo falatório da luta por salários, enquanto os trabalhadores não conseguem escutar-se mutuamente e escolher as melhores ideias para a construção do movimento político. Reformistas (ou economicistas, como também são chamados) têm por hábito querer evitar todas as lutas políticas e apenas levantar pautas econômicas. Sabemos que as lutas econômicas não sobrevivem sem avanços na luta política. O capitalista aproveita a imobilidade do movimento economicista e, na primeira oportunidade, ataca os trabalhadores com muita força. A luta econômica é aquela que nos é inerente, aquela que podemos entender sem adentrar na ciência política, pois nos é explicada sempre que o trabalhador vende a força de trabalho e recebe o salário. Os capitalistas não cedem se não por força da luta política (o fortalecimento do duplo poder), e os reformistas (economicistas) afirmam que a luta política já está bastante afirmada.

Voltando à questão da Assembleia Nacional, esta é já por si só um passo gigantesco na luta política, trata-se de repensar todo o sistema, como dito acima, das leis, regulamentos, códigos e etc. de cada um dos estados da União, bem como a Constituição.

Assembleia Nacional é uma palavra de ordem de força unificadora sem igual, que se apoiará no poder das massas, mas, deve-se dizer, fará tremer até o mais poderoso membro da classe dos grandes proprietários ou burocratas do Estado, porque com a Assembleia, todo tipo de leis podem mudar. Será difícil olhar para o Brasil e vê-lo como a mesma pátria que era antes após a Assembleia. Todo aquele que diz que o Brasil precisa de uma mudança radical e conseguem colocar de maneira entedível suas opiniões poderão expressar, escolher seus representantes e discutir. Essa causa é unificadora, uma forma de dirigir o país nas condições atuais com nossas próprias mãos.

Todos os exploradores do mercado financeiro internacional lutam para se interporem entre nosso movimento e o dos grandes proprietários. A luta de classes, para estes, não acontece por razões econômicas senão políticas. São conscientes da decadência do sistema capitalista, porém não ofertarão nada sem a luta do proletariado. É necessário que se prepare um programa de palavras de ordem mínimas o mais abrangente possível para incluir na luta pela Assembleia. As cotas são um belo exemplo, entre outros.

A Assembleia Constituinte é um exemplo de que precisamos lutar mais! Não devemos temer os problemas estruturais, senão reconstruir o país e destruir todas as mazelas do capitalismo.

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