DEFENDEMOS A FRENTE POPULAR DEVIDO À NECESSIDADE DE ACABAR COM A AMEAÇA DO FASCISMO

Aqueles que se encontram à esquerda do PT (PSOL, PSTU) costumam dizer, talvez a exceção de algumas ações do PSOL nas últimas eleições, que o PT não pode ser compreendido exceto por ser uma frente popular que refrearia as lutas da frente única. É necessário que se entenda que a frente única e a frente popular andam juntas. Desde o momento em que Mussolini e Hitler assumiram (no século passado) a tarefa de espalhar o fascismo por todo o globo, a frente popular é uma necessidade do povo trabalhador, uma tática parlamentar de adiantada importância, onde o emprego de posições a favor dos trabalhadores dentro do parlamento (incluído aí o Executivo) são necessárias para evitar que o capitalismo entregue as nossas principais conquistas ao fascismo.

Era dito que o PT entregaria as bandeiras dos trabalhadores à conciliação de classes, mas hoje em dia, o reformismo real se encontra no Programa de Transição. Devemos lembrar que são os princípios da república democrática que permitem a luta contra o capital. O fascismo fere terrivelmente esses princípios. A frente popular (o PT no Brasil) garante aos trabalhadores uma estabilidade necessária para se enfrentar as forças do capital financeiro. Os opositores do PT dizem que os bancos tiveram um lucro recorde nos primeiros anos do governo PT, mas analisar isso implica perceber que não existiria senão uma séria crise financeira se não fosse assim, o PT apenas a evitou, permitindo a inclusão de projetos sociais como o Bolsa Família (que agora pôde ser aumentado para R$ 600), Minha Casa, Minha Vida (que ajudou muitos trabalhadores a obterem a casa própria), as Cotas (fundamental para a entrada de estudantes pobres na universidade), entre outros. Até mesmo as terceirizações foram um projeto orientado para, dentro das possibilidades existentes no momento, evitar a fome e o desemprego generalizados pela crise capitalista anterior.

Portanto, defendemos a utilização da frente popular e da frente única. Será impossível realizar uma revolução social sem a unidade dos trabalhadores em torno de ambos estes objetivos. A ineficácia da luta trotskista no interior do PSTU e do PSOL anos antes levou à crise política do PT diante das massas, e assim também levou à experiência fascista no Brasil. O PT não é um passo para o fascismo, senão um passo para a revolução!